A educação brasileira avançou muito nos últimos anos. Tanto no aspecto de acesso às diferentes faixas etárias quanto na criação de um sistema que assegure o financiamento e a articulação entre os diferentes órgãos e entes federativos, o país conseguiu encontrar soluções acertadas. Entretanto, o setor ainda enfrenta inúmeros desafios, os quais foram agravados durante o período pandêmico.
No caso do Estado de Minas Gerais, os problemas reproduzem a lógica nacional. Isso significa que temos um longo caminho para garantir a todas as crianças e adolescentes o pleno acesso a uma educação de qualidade.
Mas, afinal, de forma mais detalhada…
Qual a situação da educação básica em Minas Gerais?
Atualmente, Minas Gerais, conforme dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2021, possui 40% dos alunos da sua rede pública terminando o Ensino Fundamental com aprendizagem adequada. No Ensino Médio, esse número é de 3,56%. Além disso, de cada 100 jovens mineiros, apenas 69 concluem o Ensino Médio até os 19 anos.
Isso demonstra algumas das demandas regionais, como a garantia do acesso e o combate à evasão escolar. Isso, contudo, sem ignorar a necessidade de se ampliar a qualidade do ensino.
O cenário ainda positivo quando comparado com outras regiões do país. Por exemplo, hoje, temos uma média de 4.328.917 matrículas na educação básica. Dessas, 84% ocorrem na rede pública, ao passo que apenas 15,8% se dão na rede privada. Isso reflete também a presença de estabelecimentos adequados, sendo do total de 15.875 escolas existentes, 75,8%, ou 12.031, compõem a rede pública.
Os números demonstram ainda um espaço de trabalho para o poder público. Com isso, fica a indagação:
Quais os principais problemas da educação básica no estado de Minas Gerais?
Ainda que o Estado de Minas Gerais apresente números relativamente positivos, há diversos problemas graves a serem enfrentados. Entre eles, destacam-se os recorrentes cortes nos investimentos públicos assim como os efeitos do período pandêmico. Isso tem levado diversas escolas a enfrentarem situações de escassez de material didático, de professores e até mesmo de merenda.
Atualmente, há uma defasagem nas instalações educacionais, cujas estruturas não atendem de maneira adequado aos alunos, sobretudo no que se refere aos serviços de internet. Além disso, educação integral e a especial ainda se mostram um grande desafio no contexto mineiro, de modo que o Estado deverá trabalhar nos próximos anos para ampliar a presença desses serviços nas redes educacionais.
No que tange à aprendizagem, a rede pública ainda carece de mais atenção. Nas disciplinas de português e matemática, o Anuário Brasileiro da Educação Básica 2021 coletou dados que demonstram o baixo domínio dos alunos nessas matérias. Conforme o documento, no Ensino Fundamental e no Médio, apenas 40% e 36,5% dos jovens, respectivamente, têm concluído sua formação com um aprendizado adequado a essas etapas.
Isso significa dizer que 60% dos alunos mineiros terminam o processo de educação na rede pública sem dominar os conhecimentos básicos da língua e da matemática. A fim de mudar esse quadro, devem ser pensadas também propostas que incorporem a família no processo educacional, que retenham o aluno no ambiente escolar e que melhorem as condições de trabalho dos docentes.
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