A educação se mostra, atualmente, como área estratégica para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Para além disso, surge como a área-chave no processo de formação e de autorrealização do ser humano. Cerca de 80% das crianças brasileiras estão em unidades públicas de ensino.
Estudantes brasileiros em fase de conclusão do ensino fundamental não têm domínio satisfatório em leitura, matemática e ciências. É o que aponta a última edição do Pisa – o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Promovida pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a pesquisa ocorre a cada três anos com alunos de 15 anos, residentes em 79 nações, incluindo o Brasil.
Segundo o Pisa, no Brasil, a leitura tem indicadores péssimos. Na última edição, somente 2% dos jovens de 15 anos submetidos ao exame diferenciam fatos de opiniões de modo adequado. Esse dado é alarmante.
O estudo do Pisa foi criado para saber até que ponto estudantes próximos a concluírem o ensino fundamental adquiriram os conhecimentos e as habilidades essenciais para a participação na vida social e econômica. No caso do Brasil, os indicadores revelam uma ineficiência nas três áreas: ciências, matemática e leitura. O pior resultado nacional é em matemática, mas o déficit de leitura também é muito expressivo.
A média brasileira alcançada na avaliação foi de 413 pontos, enquanto que os países-membros da OCDE atingiram 487. Os melhores resultados vieram da região Sul, seguidos do Centro-oeste, Sudeste, Norte e Nordeste.
Um estudo elaborado a cada dois anos pelo IMD World Competitiveness Center comparou a prosperidade e a competitividade de 64 nações, em uma pesquisa que analisou como está o ambiente econômico e social do país para gerar inovação e se destacar no cenário global. Em 2020, o Brasil teve a pior avaliação entre as nações analisadas, alcançando a 64ª posição (entre as 64 nações avaliadas). Entre outros fatores, o resultado nesse quesito se explica pelo mau desempenho do país no que diz respeito aos gastos público totais em educação. Segundo a pesquisa, quando avaliado em termos per capita, o mundo investe em média US$ 6.873 (cerca de R$34,5 mil) por estudante anualmente, enquanto o Brasil aplica apenas US$ 2.110 (R$10,6 mil aproximadamente).
É preciso investir mais e melhor no ensino público brasileiro. A educação, sem dúvida, tem deixado a desejar no nosso país. Nossas crianças concluem os estudos sem domínio básico de português e de matemática. Muitos conseguem um diploma de ensino superior sem terem, de fato, condições de atuar em suas áreas. Falta mão de obra qualificada no país, e isso é reflexo de uma política de ensino ruim.
Com isso, firmo o compromisso de atuar promovendo as mudanças necessárias para levar a educação brasileira a cumprir seus objetivos, garantindo empregabilidade e autonomia aos cidadãos do nosso país.
Desse modo, trabalharei de acordo com as seguintes diretrizes:
- Defesa de uma educação que promova a formação do aluno por meio de um processo cooperativo, valorizando ferramentas tecnológicas adequadas ao mercado profissional;
- Defesa de ensino profissionalizante, como forma de engajamento de jovens no mercado de trabalho;
- Defesa de um modelo pedagógico que se oriente pelo ensino dialético dos conteúdos científicos, de modo a desenvolver o senso crítico-analítico do aluno;
- Defesa e fortalecimento do Fundeb, tido como essencial para a construção efetiva de uma educação básica de qualidade que permita construir uma sociedade moderna, produtiva e igualitária;
- Fortalecimento da pesquisa em instituições de ensino superior como forma de garantir o progresso científico brasileiro;
- Defesa da educação em tempo integral, especialmente para o ensino fundamental, de modo a garantir mais tempo na escola aos discentes e a realização de tarefas extracurriculares no contraturno;
- Defesa de programas que objetivem ampliar o acesso à internet, considerada, hoje, como direito fundamental do ser humano, indispensável à inclusão social e profissional;
- Valorização dos profissionais de educação, entendidos como estratégicos para o futuro do país, sobretudo na educação básica;
- Defesa de uma pedagogia orientada à inclusão social, sem discriminação;
- Defesa de um currículo atualizado, que contemple empreendedorismo, noções de direito público e educação financeira, com enfoque na autonomia do estudante;
- Maior paridade entre as escolas públicas, com a reprodução de modelos que obtiveram êxito na formação de alunos;
- Redução das discrepâncias existentes entre o ensino público e privado, de modo a assegurar condições mais igualitárias na formação dos estudantes.